sexta-feira, 10 de outubro de 2014

História do adestramento canino e do Clicker




Os cães acompanham os homens desde os tempos mais remotos. Há registro, nas cavernas, da associação, para trabalho mútuo, dos nossos ancestrais com os lobos. A utilização de cães, como auxiliares de trabalho, começou com os caçadores ingleses e criadores de cavalos no final do século XVIII quando começaram a utilizar os foxhounds e os beagles nas caçadas imperiais.

    Por ocasião da 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) os alemães, que já treinavam cães para caça, tiveram a idéia de aproveitar as habilidades dos pastores alemães como cães de guerra.

    Inicialmente treinavam os cães a se alimentarem embaixo dos tanques de guerra, depois deixavam-nos com fome, recusando-lhes a alimentação por três a quatro dias e levavam-nos aos campos de batalha com uma bomba atada ao colete. Os cães famintos, ao visualizarem os tanques inimigos, corriam para obter os alimentos sob os tanques, quando eram sacrificados.

    Com a grande baixa de soldados, a guarda das fronteiras com a França, Holanda, Bélgica e Espanha foi exercida com a ajuda de 33.500 cães adestrados entre pastores alemães e dobermans, quando passaram à função de guarda.

    Mesmo depois de assinado o armistício, ainda que, com um grande avanço tecnológico dos meios de comunicação, o crescente aumento de veículos e a grande sofisticação do armamento não mais foi possível dispensar a função de guarda dos cães.

    O desenvolvimento do adestramento no pós-guerra foi atribuído ao crescimento da criminalidade mundial devido ao grande desnível socioeconômico conseqüente do êxodo rural e do grande desenvolvimento industrial e urbano.

    Surgem, então, as grandes escolas policial-militares, para adestramento de cães de polícia, quando “pegou” o apelido do pastor alemão de “cão policial”.

    Passada a fase crítica do pós-guerra, nos anos 60, equilibrou-se a economia européia e essa grande quantidade de cães policiais foi perdendo suas funções. Nesse período, os criadores particulares começaram a se interessar em promover competições de obediência, quando surgiu o esporte do adestramento de cães de guarda, bem como, as entidades como a VDH (Verrein für das Deutsche Hundewesen) desenvolveram-se sobremaneira. Começou então a participação, em competições, de outras raças como o dogue alemão, bóxer, schnauzer, leonberger, rottweiler etc.



Adestramento – História do clicker






Keller e Marian Breland foram alunos de Skinner e expandiram suas técnicas para adestrar vários outros tipos de animais. Na década de 50, Keller Breland começou a desenvolver um programa de adestramento para mamíferos marinhos. Por razões óbvias é difícil recompensar um mamífero marinho rapidamente, pois ele fica na água, enquanto o adestrador costuma estar a alguma distância, no solo.

Breland resolveu este problema com o desenvolvimento de um marcador, ou sinal, que mostraria ao animal que ele desempenhou algo corretamente e receberia uma recompensa em seguida. Breland usou o condicionamento clássico para associar um sinal a uma recompensa, fazendo com que o animal soubesse que, ao ouvir o sinal, receberia uma recompensa. Então ele usou o condicionamento operante para moldar o comportamento utilizando recompensas positivas.

O marcador ajuda a reforçar o comportamento correto porque é imediato. Mas ele não é a recompensa, ele é um sinal de que o comportamento foi correto e uma promessa de que uma recompensa está a caminho. Como os mamíferos marinhos são normalmente orientados a se comunicar pelos sons, fazia sentido utilizar um apito como marcador.

Na década de 60, Karen Pryor utilizou as mesmas técnicas de reforço positivo para treinar. Ela percebeu as vastas aplicações deste tipo de modificação comportamental e em 1984 escreveu o livro “Don´t Shoot the Dog”, que apesar do nome,não fala sobre adestramento de cães, mas sobre o uso do reforço  positivo para moldar o comportamento.

Pryor usava um clicker como marcador para começar a moldar o comportamento dos cães, assim como de vários outros animais e é o nome mais associado ao adestramento com clicker moderno.

Os adestradores de golfinhos costumam usar apitos, já os peixes podem ser adestrados ligando e desligando uma lanterna, assim como coleiras vibratórias podem marcar o comportamento de cachorros surdos. O marcador pode ser qualquer coisa, desde que seja curto, específico e consistente. Deve-se, no entanto, ter cuidado ao usar a voz como marcador principal, já que o tom nem sempre é consistente e as palavras ou qualquer som que façamos também podem ser usados em conversas comuns e acabar perdendo importância.

Para aprender a usar o clicker para adestrar seu cachorro leia a matéria “Como adestrar com clicker”.
Agora veja como é feito com os golfinhos.

Adestramento de golfinhos

Uma das grandes atrações num parque marinho são os saltos e as piruetas sintonizados na perfeição.
Porém, muito antes dos treinadores darem o comando para estes saltos e piruetas, eles têm de começar por um objetivo mais básico – conseguir que o golfinho salte uma vez. A maneira mais simples é a de esperar pelo comportamento (um salto) e
dar um peixe (reforço).
Durante vários dias reforçam todos os saltos e ao fim de uma semana, o golfinho terá aumentado a frequência de saltos. De fato, o mais provável é ele começar a saltar sempre que vê o treinador aproximar-se com um balde de peixes.
Depois de aumentada a frequência dos saltos, o próximo objetivo é conseguir saltos mais altos e por aí afora até se conseguir uma rotina completa de saltos e piruetas.
Esse processo denomina-se “moldar o comportamento”

Quando o golfinho salta, o treinador apita o momento em que o golfinho atinge a parte mais alta do salto. Ao fim de uma série de repetições, o golfinho terá aprendido que se não ouve o apito não recebe a recompensa.
Através de tentativas, aprenderá que um salto baixo nunca causa um apito, mas um salto alto sim. O apito transmite que o que fez é a ação pretendida pelo treinador, enquanto que a ausência do apito transmite que não praticou o comportamento esperado.


A importância do adestramento





O cão deve ser adestrado para que haja uma coexistência saudável na relação homem/animal. Existe uma variedade de raças, já passando de 400, sem contar com as misturas acidentais ou propositais, que geram por sua vez os SRDs tão comumente conhecido como vira-latas. As raças estão divididas em grupos, nos quais encontraremos: cães de pastoreio, cães farejadores, cães de caça, cães de trabalho, cães de companhia, e terriers.
Quando você pega um cão terrier, por exemplo, que foi desenvolvido para ser um cão para caçar pequenos animais como os ratos, e que tem por extinto cavar buracos e latidos barulhentos, e coloca esse mesmo cão dentro de um ambiente que não lhe é propício, a tendência é que esse mesmo cão vá te trazer inúmeros problemas, fazendo assim mais que necessário o adestramento. Com isso você poderá adequar um cão em outro ambiente e trazer um maior conforto para seu lar. Esse mesmo procedimento serve para os outros cães tanto do mesmo grupo quanto de grupos diferentes.
Estudos apontam que a maior causa de abandono de animais são os menores de 2 anos de idade, justamente por que estão em sua fase de aprendizado, descobrindo como devem se comportar e tendo o homem como seu líder. Sendo que este, por sua vez, raramente está apto para domesticar seu animal, justamente por não entender o comportamento canino. Em outras partes do mundo também é muito comum a eutanásia, pelo simples fato dos cães se tornarem rebeldes na sua infância e juventude. Eu sempre bato na mesma tecla: não existe cães que não são adestrados. A diferença é que alguns são adestrados para obedecer e outros para desobedecer, mesmo que o dono o faça inconscientemente.
É claro que a tendência de certos hábitos é notória conforme a raça e o ambiente, mas esses geralmente são reforçados pelo dono.
O cão deve ser adestrado para que haja uma coexistência saudável na relação homem/animal. Existe uma variedade de raças, já passando de 400, sem contar com as misturas acidentais ou propositais, que geram por sua vez os SRDs tão comumente conhecido como vira-latas. As raças estão divididas em grupos, nos quais encontraremos: cães de pastoreio, cães farejadores, cães de caça, cães de trabalho, cães de companhia, e terriers.
Quando você pega um cão terrier, por exemplo, que foi desenvolvido para ser um cão para caçar pequenos animais como os ratos, e que tem por extinto cavar buracos e latidos barulhentos, e coloca esse mesmo cão dentro de um ambiente que não lhe é propício, a tendência é que esse mesmo cão vá te trazer inúmeros problemas, fazendo assim mais que necessário o adestramento. Com isso você poderá adequar um cão em outro ambiente e trazer um maior conforto para seu lar. Esse mesmo procedimento serve para os outros cães tanto do mesmo grupo quanto de grupos diferentes.
Estudos apontam que a maior causa de abandono de animais são os menores de 2 anos de idade, justamente por que estão em sua fase de aprendizado, descobrindo como devem se comportar e tendo o homem como seu líder. Sendo que este, por sua vez, raramente está apto para domesticar seu animal, justamente por não entender o comportamento canino. Em outras partes do mundo também é muito comum a eutanásia, pelo simples fato dos cães se tornarem rebeldes na sua infância e juventude. Eu sempre bato na mesma tecla: não existe cães que não são adestrados. A diferença é que alguns são adestrados para obedecer e outros para desobedecer, mesmo que o dono o faça inconscientemente. É claro que a tendência de certos hábitos é notória conforme a raça e o ambiente, mas esses geralmente são reforçados pelo dono.

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